Uma parceria entre a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso e o Hospital de Braga no âmbito do projeto “Pimpolho” já permitiu fazer o despiste da ambliopia a centenas de crianças de três e quatro anos de idade do concelho.
“A autarquia, sendo sensível a estas questões, aderiu desde a primeira hora a este projeto de Prevenção da Ambliopia. A ambliopia é uma doença dos olhos que, muitas vezes, não é detetada pelos pais, pois a criança pode perder a visão apenas numa das vistas, pelo que continua a ver e, quando detetada, pode ser tarde”, refere a Vereadora da Educação, Gabriela Fonseca.
Este é já o 3º ano letivo consecutivo desta parceria. Realizar uma avaliação oftalmológica gratuita a todas as crianças, entre os três e os quatro anos, a frequentar estabelecimentos de ensino, públicos ou privados, do concelho Povoense e sinalizar aquelas crianças com ambliopia ou fatores de risco ambliogénicos são objetivos deste projeto.
“Em todas as sessões, as crianças são muito bem acompanhadas com a realização de atividades lúdicas e pedagógicas, uma forma, também, de desconstruir a imagem negativa que as crianças têm dos hospitais”, refere a mesma responsável. O calendário das visitas e os exames médicos são efetuados pelo Hospital de Braga e a autarquia assegura o transporte.
A ambliopia é uma doença exclusiva da infância e apenas tratável nesta faixa etária. A partir dos cinco anos e se detetada já não terá cura. Daí o despiste ser efetuado nas crianças com quatro anos de idade. Assim, o sucesso do tratamento da ambliopia pode atingir quase 100%.
O não tratamento na idade pediátrica acarreta cegueira, baixa visão ou visão subnormal, não passível de ser corrigida para o resto da vida, isto é, mesmo com posteriores cirurgias, correção ótica ou outros tratamentos, essa criança ficará para sempre sem visão normal. É tratável até aos 60 meses (cinco anos), sendo o seu tratamento menos eficaz depois desta faixa etária.