A apresentação da obra “Camilo e o último Enforcado em Braga: O Demónio do Ouro”, de António José Ferreira Afonso, no dia 7 de junho, traduz, para o Presidente da Câmara Municipal, Frederico Castro, a reconfirmação da Póvoa de Lanhoso como terra camiliana.
“Camilo Castelo Branco está associado à Póvoa de Lanhoso. A Póvoa de Lanhoso está associada à história de Camilo Castelo Branco. Ele escreveu sobre a Póvoa de Lanhoso e nós, enquanto Povoenses, devemos ter um orgulho muito grande nisso”, destacou o autarca Povoense, acrescentando que tal situação deve despertar o interesse e a curiosidade da comunidade. Razão pela qual abriu a porta à possibilidade de a Autarquia proporcionar à população visitas à Casa de Camilo, em Vila Nova de Famalicão.
O interesse pelo romance “O Demónio do Ouro” decorre do facto de conter referências à Póvoa de Lanhoso, de os protagonistas serem originários de território Povoense (quadrilha de Serafim Gonçalves, de Fontarcada) e também por ter sido um Povoense (José Joaquim Ferreira de Mello e Andrade) a facultar a Camilo Castelo Branco as histórias que estão na sua base. “Precisamos de, ao realçar este trabalho, dar oportunidade às pessoas da Póvoa de Lanhoso e não só de perceberem que nós somos um território, um concelho, um povo com grande riqueza histórica e cultural, que precisa de ser documentada”, considerou o Presidente da Autarquia, afirmando a total disponibilidade da edilidade para prosseguir este caminho
A obra “Camilo e o último Enforcado em Braga: O Demónio do Ouro” decorre de uma edição tripartida, que engloba Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Santa Casa da Misericórdia de Braga e Santa Casa da Misericórdia de Barcelos. A apresentação esteve a cargo do coordenador científico da Casa de Camilo e do Centro de Estudos Camilianos, Sérgio Guimarães de Sousa, e do próprio autor, António José Ferreira Afonso. A cerimónia, que decorreu na Quinta Rural Maria da Fonte, em Calvos, foi conduzida pelo coordenador do Núcleo Documental da Autarquia, Paulo Freitas, cuja ação foi determinante para que os manuscritos não se perdessem para sempre.
A cerimónia contou, na abertura, com um pequeno concerto do Grupo de Cantares do Cancioneiro Minhoto, natural da freguesia de Calvos, onde a mesma decorreu. Na mesma oportunidade, foi ainda possível visualizar os manuscritos das histórias na base de “O Demónio do Ouro”, no 150.º aniversário da edição do segundo volume (1874-2024). O primeiro volume foi editado em 1873.